São Paulo, janeiro de 2023 – Realizar transações com cartão de crédito lastreado em commodities agrícolas já é uma realidade no Brasil. A startup Agrotoken, empresa pioneira no mundo na tokenização de commodities agrícolas como milho, soja e trigo, lança o cartão Agrotoken Visa no país. A solução chega ao mercado brasileiro para transformar o agronegócio, onde produtores rurais poderão tokenizar commodities e fazer compras de forma simples nos diferentes agentes fornecedores de serviço e produtos que já atuam na cadeia.
O Brasil abre agora um novo leque de oportunidades no comércio mundial. “O cartão de crédito internacional pode ser usado como meio de pagamento em mais de 80 milhões de estabelecimentos credenciados à Visa no mundo. É possível comprar desde um simples café até insumos agrícolas, combustível para a caminhonete ou uma viagem para o exterior”, exemplifica Anderson Nacaxe, diretor nacional da Agrotoken no Brasil.
Os produtores que tokenizarem seus grãos terão acesso às facilidades de uso de um crédito que será disponibilizado no cartão, mas, primeiro, é necessário fazer a digitalização dos grãos físicos na plataforma da Agrotoken, transacionados de forma segura por meio da tecnologia blockchain. Os tokens são convertidos, pela Agrotoken, como crédito para o produtor transacionar os grãos; ou seja, ele pode pagar suas compras em sacas de soja, milho ou trigo utilizando o cartão Agrotoken Visa como meio de pagamento.
O processo de pagamento com tokens acontece de maneira simples, rápida e segura via blockchain, criptografado pela Algorand em parceria com a Pomelo. Os tokens podem ser utilizados de maneira fracionada, conforme o valor de cada compra. “O crédito concedido via cartão equivale a uma operação de barter, em que ocorre o pagamento de insumos por meio de commodities. Porém, fazemos isso de forma totalmente virtual, segura e simples, com o que chamamos de agrotokens. Além disso, o cartão Agrotoken Visa oferece liquidez ao produtor ou investidor que tem grãos estocados ou ainda a serem colhidos”, descreve Anderson Nacaxe. A compensação dos agrotokens é sempre em moeda fiat, ou seja, amoeda impressa e emitida pelo Banco Central de qualquer país, como o real e o dólar, por exemplo.
Vinculados à origem da emissão do ativo físico, os agrotokens são lastreados em ativos reais, ao contrário dos NFTs. Isso significa que têm valor idêntico em todo o território nacional, independentemente de onde e por quem foram emitidos, conforme preço indexado em índices como Esalq, CEPEA/B3, Argus e Platt, paridade que a torna uma stable coin, ou seja, moeda de baixa volatilidade.
”O foco da Visa do setor Agro no Brasil não é novidade, e temos buscado trazer cada vez mais soluções inovadoras ao mercado, seja por meio de nossas credenciais ou de serviços de valor agregado”, explica Juliana Amoroso, gerente sênior de Produtos & Inovação da Visa. “ Esse é um exemplo de solução pela qual o ecossistema consegue entregar valor ao produtor rural de forma direta e mais segura, pois ele utiliza da sua safra tokenizada como meio de crédito para consumir via credenciais Visa no mundo todo”, complementa a executiva.
Na Argentina, o Agrotoken Visa já está disponível desde agosto, onde passou por criteriosos testes para validar sua funcionalidade, especialmente em segmentos do comércio em que os produtores rurais realizam transações diariamente – seja na cadeia do agronegócio até mesmo em restaurantes, cafeterias, postos de gasolina e hospedagens. Até o momento, a Argentina já tokenizou 205.000 toneladas de grãos.
“Estamos muito otimistas com a chegada ao Brasil, reconhecidamente um dos mercados de agronegócio mais desenvolvidos do mundo. Nosso foco, agora, é chegar aos pequenos e médios produtores rurais, às cooperativas, aos distribuidores e apresentar nosso modelo de negócio inovador, que irá facilitar o acesso ao crédito digital e possibilitar a democratização no campo”, comenta Eduardo Novillo Astrada, CEO e cofundador da Agrotoken.
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