Estudo realizado com milhares de empreendedoras de pequenas e médias empresas (PMEs) em diferentes regiões do mundo, inclusive no Brasil, o Visa Back to Business 2021 - Edição Mulheres traz uma análise de como essas mulheres têm administrado seus próprios negócios durante a pandemia. Mesmo em um cenário desafiador, as empreendedoras continuaram a provar sua resiliência, mostrando dedicação em manter um ambiente seguro e adequado para clientes e empregados, o que tem refletido diretamente em seus resultados, muitos já igualados aos mesmos níveis pré-COVID: globalmente, 54% das PMEs lideradas por mulheres já estão operando totalmente e 24% prevêem chegar lá em até seis meses. No Brasil essas porcentagens são de 50% e 21%, respectivamente. Ainda olhando para a realidade brasileira, apenas 38% enxergaram no cenário da pandemia uma oportunidade frente às dificuldades.
Realizado em novembro de 2020, o estudo analisa o andamento das operações dessas PMEs a partir do relato de suas proprietárias, tomando como base os três meses anteriores à abordagem e os três meses que viriam adiante - até fevereiro de 2021. Foram ouvidas mulheres donas de PMEs nos segmentos de varejo, consultorias, construtoras, restaurantes e turismo.
Diante de todo esse contexto analisado, essas PMEs lideradas por mulheres em todo o mundo fizeram mudanças relevantes em seus negócios no último ano, acompanhando tendências, transformando suas vendas de forma mais segura e lançando mão da tecnologia. Globalmente, mais de quatro em cada cinco dessas lideranças femininas em pequenas e médias empresas (84%) adotaram medidas para adaptar seus métodos de pagamento e atender às necessidades de seus compradores. As medidas mais comuns citadas foram que 45% delas passaram a vender seus produtos no mundo online e 43% passaram a aceitar pagamentos por aproximação.
As empreendedoras brasileiras também caminharam nesse sentido em 2020:
- 69% delas afirmaram ter feito investimentos em mídias sociais;
- 58% passaram a realizar vendas de produtos ou serviços no e-commerce;
- 52% passaram a adotar o pagamento por aproximação;
- 43% passaram a contar com serviço de delivery;
- 31% ofereceram diversas alternativas de pagamentos digitais;
- 26% implementaram drive thru para retirada de produtos no estabelecimento comercial;
- E apenas 8% delas admitiram ter realizado empréstimo nos meses anteriores à pesquisa.
Os maiores desafios citados pelas brasileiras estão relacionados às mudanças de comportamento do consumidor, com 49% das respostas, seguido por preocupações sobre como equilibrar questões profissionais e pessoais (37%); manter a segurança e saúde de seus funcionários (30%); gerar lead/marketing (28%); ter acesso a capital (28%); enfrentar barreiras tecnológicas (14%); manter a cadeia de abastecimento dos produtos (12%); ou questões como a inadimplência e chargeback (11%).