Muitas vezes, o receio de usar meios de pagamentos digitais vem do desconhecimento do que está por trás de cada transação, sobretudo da engrenagem poderosa que garante a segurança de cada movimentação financeira. Sabemos que, nos últimos anos, o brasileiro está mais confortável e presente no ambiente on-line, mas ainda preocupado em ser alvo de golpes que tiram nosso sono.
A preferência dos consumidores brasileiros por comprar produtos por meio de canais digitais cresceu 33% desde o início da pandemia, como mostra um estudo elaborado pela Cybersource, solução da Visa especializada em gerenciamento de pagamentos digitais. Eles consideram, ainda de acordo com a pesquisa, as compras feitas em lojas físicas repletas de atritos, enquanto analisam as jornadas por dispositivos digitais como mais cômodas, ágeis e satisfatórias.
Com essa transformação do ecossistema digital e o crescimento do e-commerce, tenho ouvido muitas dúvidas – e alguns mitos que são repetidos por aí – sobre a segurança dos meios de pagamento. Minha ideia com este artigo é esclarecer como possibilitamos a proteção de cada transação com o uso de tecnologias inteligentes e robustas, rebatendo algumas afirmações equivocadas.
“Meus dados são expostos durante a compra de um produto on-line”
Não é verdade. Os estabelecimentos comerciais que processam os pagamentos devem seguir um rigoroso padrão de segurança de dados conhecido como PCI DSS (Payment Card Industry Data Security Standards). Entre outros requisitos técnicos, ele garante que seus dados do cartão, como os dígitos, a data de vencimento e o código de segurança, sejam usados apenas no momento do pagamento, sendo proibido armazená-los. Além disso, uma tecnologia chamada de tokenização disponível em alguns estabelecimentos comerciais entra em ação durante um pagamento. Ela substitui informações importantes, como os dígitos do cartão, por um identificador digital único, permitindo a realização de compras e transferências sem expor dados sensíveis.
“Tentativas de fraude ocorrem sempre no momento da transação”
Nem sempre! Pensar em ter precaução apenas no momento da transação é um erro comum. Uma das fraudes mais praticadas no ambiente on-line é o phishing, que acontece quando conteúdos maliciosos são usados para coletar informações de terceiros em e-mails e redes sociais. Por exemplo, um link que chega na sua caixa de entrada com uma oferta, supostamente de uma marca confiável, pode te direcionar para um cadastro falso. Dessa maneira, o fraudador pega seus dados e poderá usá-los mais tarde em uma compra futura.