O comércio digital é a área em que os pagamentos crescem com mais rapidez, visto que cada vez mais aumenta o número de dispositivos conectados aptos a realizar pagamentos. Os consumidores têm acesso à formas disruptivas de pagamento: seja usando um celular, um relógio, uma pulseira ou até mesmo em seu computador. Para se ter uma ideia, existem, hoje, seis bilhões de dispositivos conectados, porém, eles devem ultrapassar a marca de 20 bilhões nos próximos três anos.[i] Além disso, vemos também o crescimento de consumidores ativos no comércio eletrônico. Segundo o Score Digital, modelo estatístico desenvolvido pioneiramente no Brasil pela Visa Perfomance Solutions, mais de 58 mil compras digitais acontecem por hora no país.
Como melhorar a segurança e a experiência do usuário simultaneamente no mundo digital?
Por Alessandro Rabelo, Diretor executivo de produtos da Visa do Brasil.
Neste cenário, cresce também o desafio dos emissores e dos estabelecimentos comerciais. Quando um consumidor faz uma compra digital, verificar a transação e a identidade desse comprador passa a ser uma atividade cada vez mais importante. Uma pesquisa da Ethoca estima que cinquenta por cento das transações que são negadas no comércio digital por suspeita de fraude são, na realidade, legítimas[ii].
Por isso, é de extrema importância que a indústria continue investindo em novas formas de prevenir fraudes, mas mantenha a qualidade da experiência do usuário, que busca praticidade e conveniência nas compras on-line. Temos o compromisso de ajudar emissores e estabelecimentos comerciais na diferenciação entreas transações “boas” das “ruins”, mas, de que maneira isso é feito? Encontramos a resposta no protocolo 3-D Secure 2.0, um avanço importante na luta contra as fraudes e uma poderosa ferramenta para acelerar o comércio digital com uma autenticação rápida e segura.
Em poucas palavras: trata-se de uma inteligência de detecção de fraude mais eficaz. Este protocolo existe há anos para analisar e compartilhar mais inteligência sobre as transações e cria uma conexão de autenticação de dados entre varejo, estabelecimentos comerciais digitais, redes de pagamento e instituições emissoras. A nova versão da tecnologia viabiliza um pipeline de informações compartilhadas de forma segura e em tempo real, algo que os estabelecimentos comerciais podem usar para enviar um número inédito de atributos a cada transação, permitindo que o emissor autentique a identidade dos portadores de cartões de forma mais precisa, sem a necessidade de senha ou token, tampouco desacelerando o processo de compra no e-commerce.
Por falar em senha, testemunharemos a chegada de novas formas de autenticação. Anunciamos recentemente, em parceria com o Banco Neona solução de tecnologia que permite a confirmação do consumidor nas compras online por meio de selfie. mais ferramentas como essa se juntarão ao 3-D Secure para oferecer aos consumidores finais, emissores e estabelecimentos comerciais soluções seguras e conectadas aos comportamentos digitais.
Estamos atentos às mudanças e nosso o foco é aumentar o número de autorizações e garantir experiências de pagamento digital fluidas, mas sem deixar a segurança de lado. Essa é a fórmula para trazer ainda mais brasileiros para o mundo digital. Estamos prestes a testemunhar uma revolução de pagamento, resta saber se todos estão preparados para transformar esse momento em oportunidade. Você está?
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[i] Gartner, Inc., “Gartner Says 6.4 Billion Connected ‘Things’ Will Be in Use in 2016, Up 30 Percent From 2015,” 10 de novembro de 2015
[ii] Ethoca, “Solving the CNP false decline puzzle: Collaboration is key,” 2016