Essa metodologia está unindo diferentes players em um trabalho conjunto cujos resultados geram valor para todas as partes. Acreditamos que o futuro tem a ver com inovação abertas e com a cocriação de soluções para resolver problemas específicos do consumidor.
Por isso, conheça um pouco mais sobre o Luiz. Ele nasceu em Analândia, cidade de 4 mil habitantes no interior de São Paulo. Mudou-se para Sorocaba, para estudar Administração de Empresas no campus da UFSCAR, mas o trabalho ficava no extremo oposto da cidade e validar o passe estudantil não era nada fácil.
Como surgiu a ideia de criar um aplicativo para integrar os cartões de transporte público?
Foi quando li uma matéria que falava sobre os oito tipos de indústria que poderiam desaparecer até 2020 – duas delas eram a de cartão de crédito físico e carteira, porque tudo isso está sendo digitalizado e disponibilizado no celular. Foi então que abri a minha carteira e fiz um exercício para ver o que não seria digitalizado: o passe de ônibus.
Como funciona o aplicativo?
Como uma plataforma onde o sistema de transportes e os provedores de serviço ligados à mobilidade urbana se integram e a gente viabiliza o pagamento por meio dela. A gente entende que o atual sistema tem suas limitações e burocracias para cada região/cidade, e atuando com os credenciados, pela recarga, identificamos uma oportunidade de trabalhar nessa integração sem necessariamente criar novas políticas.
Qual é o principal problema enfrentado pelos usuários?
Diversos sistemas de recarga disponíveis são indicados aos usuários, mas quando você precisa fazer a recarga do bilhete, poucos estão disponíveis, e muitas vezes não aceitam cartão. Além disso, para os estudantes, é necessário validar na universidade o bilhete estudantil, colocando mais um entrave na recarga e na locomoção na cidade. Queremos incentivar os usuários a viverem uma experiência diferente e até tornar o próprio sistema mais eficiente.
Você já sentiu essa dificuldade?
Deixei Analândia para estudar na Universidade Federal de São Carlos (USFCAR), no campus de Sorocaba, e trabalhava numa agência bancária, fazendo o trajeto de ônibus. Eu gastava 1h30 nesse percurso, pois ficavam localizadas em regiões opostas na cidade e toda vez que precisava carregar o passe de estudante sentia a deficiência do sistema de recarga.
Como deu andamento à ideia?
Foi durante uma disciplina na universidade chamada “Desenvolvimento de novos negócios”. Contatei pessoas de tecnologia, convidei amigos e fizemos o protótipo. Depois de um ano, em junho de 2016, inscrevemos o projeto em um programa de residência para startups com soluções de mobilidade urbana da MobiLab, em São Paulo, focada no usuário final. Fomos selecionados.
Qual a importância da Visa no desenvolvimento da Onboard?
Ter a Visa como parceira foi muito importante, uma vez que a empresa carrega a experiência de ser uma das maiores empresas de tecnologia de meios de pagamento. Isso nos possibilitou apresentar a OnBoard Mobility para futuros parceiros, por meio de uma solução que já está sendo validada pelo mercado.
Qual é o principal ponto de atenção da Onboard para o mercado?
Temos um cenário de muita fraude no sistema de pagamento de transporte público e as empresas de tecnologia estão desenvolvendo projetos para solucionar e mitigar esse problema. Mas o sistema de transporte também precisa se beneficiar, o que atualmente não acontece. Existe um cuidado especial em relação aos dados e esperamos contar com a parceria da Visa, dada sua tecnologia de segurança, para fortalecer o sistema. Além da transação de pagamento do transporte, que é tão segura quanto.