Muito se fala do pavor de grandes empresas com a ascensão das startups ao posto de principais condutoras da inovação nos mais diversos campos de atuação, da medicina à pesquisa espacial, passando pelo setor financeiro. Seria como uma sentença do tipo: “prepare-se, a sua hora vai chegar!” Mas é preciso relativizar o pânico. Sobretudo porque corporações estabelecidas entre as maiores do mundo também foram extremamente inovadoras em sua origem e posterior desenvolvimento. E as startups, por sua vez, estão ávidas por conhecimento. Por isso, ao falarmos da relação entre startups e grandes empresas, o mais correto seja utilizar os termos “acesso” e “aprendizado”.
Uma via de mão dupla, onde não há espaço para ameaças e toma lá da cá. Da mesma maneira que uma empresa presente há décadas no mercado precisa buscar novas maneiras de seguir inovadora, uma startup, ao se conectar em uma estrutura complexa e desenvolvida, ganha habilidades que levaria anos para conquistar. É claro que na prática essa relação entre corporações e pequenos empreendedores não é tão simples e precisa ser constantemente aperfeiçoada.
Como head de inovação da Visa e responsável pelo Programa de Aceleração da empresa, já em sua segunda edição e com a meta de acelerar 30 empresas em 2018, tenho acompanhado as duas pontas dessa relação. E o aprendizado é contínuo, seja para a empresa que quer se conectar com startups, quanto para os empreendedores em busca de inovação. Listo a seguir cinco dos mais importantes que tivemos em nosso primeiro programa como como observadora privilegiada do ecossistema. Valem tanto para empresas como empreendedores.