Vivemos em um estágio acelerado de inovação. Imagine que, em alguns países, já é possível imprimir brinquedos para nossos filhos em uma impressora 3D, programar uma geladeira para disparar pedidos de compras para alimentos que estão em falta, pedalar pelo sul da França num cenário gerado por realidade aumentada sem sair de casa, fazer pagamentos em tempo real em plataformas de mensagem ou por QR Code. Parece ficção científica, mas é realidade.
Fizemos um levantamento na Visa sobre as principais tendências que, a nosso ver, podem impactar globalmente as relações pessoais e comerciais nos próximos 15 anos. Alguns fenômenos estamos vendo nascer e devem se multiplicar no futuro próximo, outros são projeções baseadas em estudos de especialistas, executivos do mercado e clientes de diversos setores.
Gostaria de compartilhar a seguir alguns caminhos que temos observado em relação a hábitos, avanços tecnológicos e transformações sociais que empresas e pessoas deveriam estar de olho. Nessa análise inicial, exploro três pilares: o futuro do humano, do consumo e do dinheiro. Como você vai perceber, os temas estão conectados e se relacionam dentro de um ecossistema maior de inovação.
O objetivo, longe de ser definitivo, é gerar uma discussão e alimentar o debate. Afinal, estamos lidando com previsões feitas com base no mundo atual. E como acabamos de aprender, tudo pode mudar de uma hora para outra.
- Identidade cada vez mais fluida: termos como identidade líquida e gêneros fluidos estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia. Graças a conquistas recentes da comunidade LGBTQIA+ e reivindicações por direitos de equidades, evoluímos em temas como diversidade tanto na sociedade quanto nas empresas. Para se ter uma ideia, tem rede social, por exemplo, que possui mais de 70 opções de identidade de gênero para o usuário escolher.
- Por um mundo com mais propósito: a pandemia nos fez colocar a mão na consciência. E a sociedade pressiona órgãos, empresas e governos a ajustar sua conduta e solucionar problemas globais como desigualdade racial, emissão de gases poluentes, desperdício de alimentos, escassez de água, assédio moral e sexual. Movimentos como Black Lives Matter e #metoo são importantes conquistas nesse cenário.
- Flexibilidade no trabalho e vida nômade: como vamos trabalhar e viver no futuro? Modelos híbridos ganham força em diversas empresas como um meio de garantir o bem-estar das pessoas e adequar a rotina para os desejos da Geração Z. Grandes empresas, como as bigtechs, já começaram a testar, por exemplo, uma jornada de quatro dias de trabalho por semana e viram que a performance e produtividade é equivalente aos cinco dias.
- Bem-estar acima de tudo: a saúde mental tomou conta da pauta corporativa num movimento que não parece ter volta. As pessoas estão priorizando qualidade de vida, desenvolvimento pessoal e equilíbrio emocional. E a tecnologia pode ser um potente aliado nessa direção, possibilitando experiências mais convenientes, aproximando as pessoas, gerando novas conexões e nos transportando para novas realidades.