Na balança: como equilibrar razão e emoção no ambiente de trabalho
Ter uma base acadêmica e experiência profissional consistente são fundamentais para se destacar em um mercado de trabalho altamente competitivo. Nos últimos anos, contudo, competências atreladas à inteligência emocional vêm ganhando espaço no mundo corporativo por serem uma grande aliada da inovação. E esta é a palavra-chave para enfrentar os desafios desta nova era, marcada por rápidas transformações promovidas pela volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade que conceituam o chamado mundo VUCA – do inglês, volatility, uncertainty, complexity e ambiguity.
Ao olhar o panorama atual, percebo a importância da inteligência emocional justamente por estimular a busca pelo autoconhecimento à medida que fornece a clareza necessária para ter contato com si próprio, identificando fraquezas e potencialidades. Como consequência, é possível mapear as emoções, o que é essencial para a tomada de decisões assertivas e coerentes diante de diferentes situações, principalmente sob forte estresse. E este é um dos seus grandes trunfos: saber dosar as emoções de acordo com a circunstância, equilibrando ousadia e prudência.
Além disso, o desenvolvimento da inteligência emocional aprimora habilidades como criatividade, comunicação, equilíbrio e empatia, melhorando o convívio no ambiente de trabalho como também na vida pessoal, considerando que dedicamos boa parte do nosso tempo à carreira.
É por isso que, além de promover iniciativas para desenvolver competências técnicas – as chamadas hard skills – por meio de cursos de idiomas e especialização, há três anos, voltamos nossos olhos para as habilidades comportamentais, ou soft skills, com o objetivo de fornecer as ferramentas necessárias para o desenvolvimento integral do ser humano em todas as suas frentes.
Para tanto, realizamos workshops e treinamentos abordando inúmeros temas atrelados à inteligência emocional como métodos de comunicação não agressiva, práticas de liderança e técnicas de negociação. Também promovemos cursos de mindfulness, que utilizam técnicas de meditação para atingir atenção plena e foco no presente, o que é extremamente necessário em um cotidiano atribulado com tantas tarefas onde a sensação é que o relógio anda cada vez mais acelerado. Já com o intuito de estimular a reflexão, o questionamento e o senso crítico, iniciamos recentemente cursos de filosofia, com conteúdo diversificado, pois acreditamos que as perguntas movem o mundo e não as respostas.
Os reflexos destas iniciativas são bastante positivos, com adesão de 75% dos colaboradores, o que comprova o interesse por essas atividades, levando em conta que a participação nos cursos é totalmente voluntária. Outra prova disso é que tivemos o melhor resultado dos últimos cinco anos na nossa pesquisa de clima organizacional, que mede a percepção dos funcionários no ambiente de trabalho, com destaque para o orgulho dos colaboradores em relação à empresa e ao maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Ele foi, inclusive, acima dos resultados de outros escritórios da companhia pelo mundo, que também começaram a seguir essa tendência e a realizar treinamentos de inteligência emocional. Outro impacto é nosso avanço no ranking da pesquisa Great Place to Work, onde hoje ocupamos o primeiro lugar no segmento da indústria financeira.
Para uma empresa cujo maior foco é a busca pela inovação, a bússola aponta sempre para caminhos ainda desconhecidos, afinal, não se pode obter resultados diferentes fazendo tudo da mesma maneira. O ser humano é a essência do nosso trabalho, o que nos leva a apostar em novas iniciativas que proporcionem os recursos necessários para que nossos colaboradores desenvolvam suas próprias capacidades. Acreditamos que o crescimento de cada colaborador, pessoal e profissional, é o fator decisivo que impulsiona o crescimento da empresa.
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