PMEs ainda precisam explorar mais o mundo digital
Somente uma em cada três PMEs usam uma rede social ou aplicativo para seus negócios – seja para se comunicar diretamente com seus clientes ou para ofertar produtos e serviços. Em média, essas empresas usam duas redes sociais diferentes, sendo que as mais usadas são Whatsapp e Facebook. E apesar de estarem bastante conectadas em seu dia a dia, e 88% deles usarem a versão digital de seu banco para o gerenciamento de suas contas empresariais, muitos ainda não possuem conhecimento sobre as vantagens e possibilidades de ampliar seus negócios online.
O comércio digital nas PMEs brasileiras ainda é baixo, mas possui muitas oportunidades de crescimento. Apenas 10% das entrevistadas aceitam pagamentos online, e a maior porcentagem de vendas pela internet ainda é feita por meio de transferências eletrônicas (50%) e por débito (45%).
No estudo, é possível perceber que o empresário transaciona mais pela conta corrente (87%) e com o cartão de débito (72%), deixando o cartão de crédito para despesas maiores ou emergenciais por conta dos benefícios de parcelamento sem juros (55%), financiamento (37%) e segurança de transacionar valores mais altos (39%).
De acordo com a análise, 10% usa um produto financeiro pessoal com fins empresariais para compras com seus fornecedores. Em relação às vendas, 50% deles realizam pagamentos com cartão e 62% das PMEs têm um terminal POS, mas a preferência no momento de receber ainda é pelo dinheiro (93%), ou por cheques e boletos.
Quando a pesquisa foi realizada, o Brasil já passava de 14,6 milhões de empreendedores para mais de 49,3 milhões, de acordo com a Pesquisa GEM, do Sebrae. Entre 2007 a 2017, mais que triplicou o número de pessoas entre 18 e 64 anos que exerciam alguma atividade empreendedora no país. Ainda existem muitas oportunidades para fomentar o uso dos cartões de créditos e serviços online, principalmente os cartões corporativos e empresariais, que podem gerar mais benefícios aos negócios, como melhor controle das despesas, otimização do fluxo de caixa, maior prazo de pagamento, além de seguros e assistências diversas. Também é relevante que os pequenos e médios negócios tenham um e-commerce para realizar suas vendas de forma mais ampla e diversa.
“É por meio dessas pesquisas que entendemos os hábitos de pagamentos e compras das micro e pequenas empresas, incluindo como usam serviços financeiros, acesso ao crédito, entre outros. Assim, a Visa consegue oferecer insights para parceiros emissores, e também as melhores práticas que agregam valor aos negócios, atendendo às necessidades das empresas. E ainda contribui com o desenvolvimento de seus negócios, oferecendo tecnologia direcionada e benefícios mais completos, além do que os pagamentos eletrônicos já proporcionam – como maior controle das finanças, prazos maiores, agilidade, praticidade e segurança”, completa Percival Jatobá, vice-presidente de Soluções e Inovação da Visa do Brasil.
Metodologia
A AMI realizou 1.418 entrevistas telefônicas com PMEs em oito mercados da região da América Latina e Caribe: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Peru e República Dominicana. As entrevistas foram realizadas entre os meses de julho e agosto de 2018, e tiveram em média 60 minutos de duração. Foram entrevistados proprietários, gerentes ou principais contadores dessas empresas, considerando os segmentos de comércio (65%), indústria (35%) e serviços (26%). Como base de comparação, foram definidos como PMEs: Microempresas (de 1 a 10 empregados), Pequena (de 11 a 25) e Média (26 a 150 funcionários).
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