Há um viés inconsciente na sociedade de que a mulher é a “cuidadora” e o homem é o “provedor” da casa. Não é à toa que a licença maternidade no Brasil é de quatro ou seis meses e a licença paternidade é de apenas cinco dias. Em um passado não tão longínquo, a mulher que decidia ter um emprego encontrava vagas quase exclusivamente nos nobres papéis de enfermeira, secretária ou professora. Depois de muitas batalhas vencidas, elas estão em praticamente todos os lugares. Muitas, inclusive, são donas de seu próprio negócio, mas ainda carregam o estigma exclusivo de “cuidadoras”.
As habilidades de educação financeira e liderança já eram essenciais antes da pandemia e, hoje, a transformação digital é um conhecimento tão relevante quanto saber se organizar financeiramente. As empresárias confrontadas pela necessidade de fechar portas e, principalmente, por precisar redesenhar o seu negócio para o ambiente digital, precisaram correr atrás de conhecimento tecnológico para ter seu comércio no mundo online.
O bom é que muito o que muito do que foi aprendido durante a crise está definindo os planos de crescimento dos negócios das mulheres. O estudo Visa Back to Business 2021 - Edição Mulheres perguntou a milhares de empreendedoras de pequenas e médias empresas (PMEs) de várias regiões do mundo como elas têm administrado seus próprios negócios durante a pandemia. Avaliando as perspectivas de negócio futuro, elas afirmaram ter interesse em manter as iniciativas adotadas durante a pandemia. Especificamente no Brasil, grande parte delas reforçou a importância de permanecer no ambiente virtual (62%) e seguir investindo nas mídias sociais (73%).
Juntas, podemos mais
A ideia de que as mulheres atuam como rivais no mercado profissional está caindo por terra e, mais do que nunca, elas estão passando a se reconhecer umas nas outras. Essa sororidade, movimento que desconstrói a rivalidade entre as mulheres e pauta um sentimento de união, tem sido aposta acertada para abrir espaço ao jeito feminino de experimentar, investir e realizar.