A Visa adota na sua rotina de trabalho a mentoria entre funcionários. Um programa interno existe globalmente na companhia há quatro anos e, no Brasil, o sucesso pode ser medido pela adesão à ideia. Somente em 2018, 33% do quadro total de colaboradores no Brasil passou a integrar o time de mentores espontaneamente, número cresceu 40% em relação a 2017. Suas funções nesta posição passam a mostrar caminhos, direcionar aprendizados e, principalmente, trocar experiências.
Não existem regras no programa, somente orientações. Tanto para quem dá a mentoria como para quem recebe. Normalmente, busca-se uma distância de até três níveis hierárquicos entre os cargos, para não haver muita diferença entre as realidades de trabalho. Para a diretora de Recursos Humanos da Companhia, Priscila Monaco, todos saem ganhando com a experiência: “No princípio, algumas pessoas achavam que sua trajetória não era tão relevante a ponto de interessar ao colega, mas foram enxergando suas habilidades ao longo do processo e, agora, se voluntariaram também para dar mentoria às startups em aceleração”.
Priscila se refere às 14 empresas que foram selecionadas no início do ano e integram o time de startups do Programa de Aceleração da Visa. Dentre as atividades que desenvolvem, como bootcamps e imersões, está o acompanhamento por mentores. É o caso do diretor de Relações Governamentais da Visa do Brasil, Gustavo Noman. “Por atuar uma área muito específica, que lida com governo, achei que tinha pouco a oferecer aos empreendedores de tecnologia. Mas, para minha surpresa, estou auxiliando na adequação do modelo de negócio das empresas à legislação brasileira. Isso é muito gratificante e transformador para mim”, conta Gustavo.
Uma das características mais importantes do Programa de Mentoria da Visa é que ele foi desenvolvido para todos os funcionários da empresa, independentemente de nível hierarquico ou cargo. Gabriela Buckup, coordenadora de Produtos da Visa, está há seis meses na empresa e viu no programa uma oportunidade de crescimento profisisonal e pessoal. “Quando surgiu a possibilidade de participar fiquei muito animada. Logo no começo já fui acionada para ajudar uma das startups e, desde então, meu envolvimento com o programa e com os empreendedores só cresceu. Comecei a fazer mais mentorias, participei de cursos e workshops sobre o tema e assumi esse desafio como meu projeto de desenvolvimento pessoal. Para mim, estar conectada à inovação é uma inspiração diária para desenharmos as melhores soluções colaborativamente”, conta Buckup.
Além de entender sobre o ambiente regulatório, as startups precisam estar conscientes de que são uma empresa, com funcionários e responsabilidades em Recursos Humanos, ou necessidades de investimento em Marketing, por exemplo. “Por isso, a participação dos executivos das áreas que chamamos de ‘suporte’ têm sido tão importantes no processo. A Visa, como uma empresa de tecnologia de meios de pagamento, tem muito a compartilhar como Organização”, complementa Priscila Monaco. Além do time da Visa, o Programa de Aceleração conta com mentores externos, profissionais renomados do mercado brasileiro e internacional.