O debate em torno da segurança dos sistemas de pagamentos e da regulamentação de todos os participantes deste mercado tem sido destaque e ganhado novos contornos nos últimos meses. O motivo: a aproximação do prazo dado pelo Banco Central (BC) para que todos os envolvidos no serviço de pagamento ao público participem da Grade Única de Liquidação.
Esta nova regulamentação representa uma evolução importante para os negócios no Brasil e faz parte de uma série de medidas que o BC tem tomado para trazer transparência e aumentar a competitividade no setor. Ela inclui, também, as regras para atuação das fintechs e regularização dos serviços de contas digitais já em vigor.
Mas, afinal, para que serve e o que significa a Grade Única de Liquidação? O objetivo principal aqui é dar mais transparência sobre a circulação monetária no Brasil, contando com a colaboração dos emissores, credenciadores, facilitadores de pagamento, marketplaces e instituições-domicílio. Todos deverão se adequar à regulamentação desta grade, desenvolvida para garantir a segurança dos processos e maior liquidez. Isso significa que os players estarão sujeitos aos mesmos processos para se conectar à CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos) e utilizarão um mesmo padrão de arquivo, seguindo as regras estabelecidas tanto pela CIP como pelo Banco Central.
Para explicar alguns dos benefícios podemos tomar como exemplo o caso dos facilitadores de pagamento e marketplaces. Até recentemente não havia uma definição clara de quem eram essas entidades, o que causava divergências no mercado, já que um player poderia considerar uma empresa como facilitador de pagamento e outro não. A definição da figura do subcredenciador pelo Banco Central trouxe transparência para a indústria como um todo.